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Técnico/a Especialista em Comércio Internacional: uma proposta formativa pioneira


O CECOA consciente de que, por um lado, face à crescente globalização das economias, a internacionalização ou a competição em mercados internacionais é uma opção estratégica das empresas do setor num contexto de sobrevivência e sustentabilidade destas no mercado e de que, por outro lado, esta oferta formativa é de extrema importância enquanto resposta às necessidades das empresas portuguesas em matéria de qualificações de nível não superior nesta área concreta, tomou a decisão de desenvolver e propor a criação e a entrada em funcionamento de um CET – Curso de Especialização Tecnológica em Comércio Internacional (qualificação de nível 5 do Quadro Nacional – e Europeu – de Qualificações), proposta formativa pioneira em Portugal. Estes trabalhos tiveram início em 2007, tendo sido submetido o pedido de criação e a entrada em funcionamento do CET em Novembro de 2008. O despacho de autorização foi obtido em junho de 2009.

Mas o pioneirismo desta oferta formativa não se esgota na sua novidade ou atualidade revelando-se, também, no seu processo de conceção e na sua estratégia de implementação. 

No que diz respeito à conceção desta oferta formativa, o CECOA não esteve sozinho, tendo esta resultado de um trabalho de cooperação com mais 6 países europeus, no âmbito de um projeto europeu Leonardo da Vinci – projeto COMINTER - e no contexto do qual, se desenvolveu um “Referencial Europeu de Qualificação em Comércio Internacional” que visava funcionar como uma “referência partilhada” pelos operadores de formação dos países envolvidos.

Por outro lado, e em termos de estratégia de implementação, esta oferta formativa/qualificação valoriza a aprendizagem em contexto internacional, partindo do pressuposto simples de que a aquisição dos conhecimentos, aptidões e competências necessários para gerir negócios internacionais é potenciada se, durante o seu processo de aprendizagem os aprendentes estiverem, eles próprios, a aprender num ambiente internacional.

No processo de construção do “Referencial Europeu de Qualificação em Comércio Internacional” que serviu de base à criação desta qualificação, cada país envolvido consultou organizações nacionais relevantes para o processo de construção e validação do referencial. Em Portugal, foram consultadas as seguintes entidades: CCP (através da Associação Comercial de Lisboa / Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, enquanto associados da CCP e pelo seu conhecimento especializado em matéria de relações comerciais internacionais), o IEFP, o SITESE e uma empresa nacional com atividades de import-export, a ARESTEL. De todas estas entidades foi obtido um parecer favorável. A ANQEP foi também, desde logo, envolvida neste processo tendo-lhe sido igualmente apresentado o referido referencial. 

Em paralelo com o pedido de criação e entrada em funcionamento desta qualificação profissional, foram iniciados os trabalhos relativos à integração deste referencial no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações), o que aconteceu no passado dia 15 de março. Para o CECOA foi um motivo de orgulho não só pelo pioneirismo no desenvolvimento de uma oferta formativa no âmbito desta área de especialização como também pelo fato de contribuir, de forma clara e inequívoca, na dinamização, atualização, e adequação à realidade do mercado de um instrumento com a importância do CNQ. De salientar a importância de uma oferta formativa devidamente qualificada em “Técnico/a Especialista em Comércio Internacional”, numa conjuntura económica como a que assola o país, sabendo-se que a economia portuguesa depende essencialmente da capacidade de se exportar mais e melhor para o mercado global.

Em termos operacionais, o CECOA foi, até ao momento, o único operador de formação autorizado a desenvolver ações de formação nesta área de especialização. Já foram efetuadas duas edições do referido curso cujos resultados obtidos foram francamente satisfatórios, nomeadamente ao nível da receção de estagiários por parte do tecido empresarial e das taxas de empregabilidade obtidas. O CECOA proporcionou ainda, a alguns dos seus formandos, a possibilidade de desenvolverem formação prática em contexto de trabalho em empresas de outros países da União Europeia. Uma verdadeira experiência biunívoca de partilha e aprendizagem, à qual se pretende dar continuidade. 

O “Técnico/a especialista em Comércio Internacional” é mais um dos produtos do CECOA que, como habitualmente, está ao dispor de todos. Mais uma vez, o CECOA procurou dignificar o setor do Comércio e o Sistema Nacional de Educação e Formação Profissional.

Cristina Dimas
Sílvia Coelho
CECOA





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