Módulo de Liderança / Gestão de Equipas.

Antes de ambicionar liderar os outros, um Líder tem se ser capaz de se liderar a si mesmo. Tem de conseguir dizer o que sente de forma, objetiva, clara, simples, honesta e autêntica. Na base da Liderança no século XXI está a abertura e a autenticidade. Está o auto-conhecimento e a capacidade de ser auto-determinado. Está a capacidade de fazer escolhas corajosas, de aceitar a incerteza e valorizar a ansiedade, como parte do caminho e não como algo a esconder. Está a capacidade de não ter medo de ser humano.

O Líder tem de aprender a funcionar de dentro para fora. É um trabalho árduo, pois sempre o ensinaram a deixar a humanidade à porta da empresa. De igual forma, o líder tem de deixar de lado a avaliação e o julgamento dos comportamentos dos outros e focar-se nas razões por trás deles.  Como tal, antes de julgar o comportamento de um colaborador, o Líder deve fazer uma pergunta fundamental que é: “Como é que esta pessoa se está a sentir para reagir desta forma?”.  E isto muda tudo!

A maioria dos conflitos dentro das equipas, dos sentimentos de insegurança, do medo de errar, da baixa-auto-estima, da confusão, da não produtividade, da falta de pró-atividade e de compromisso têm origem na nossa incapacidade para ir além da camada superficial do comportamento humano.

Existe, pois, uma necessidade de humanização da liderança que nos coloca num imenso desconforto pois abre caminho para que nos conheçam, o que inclui conhecerem, também, as nossas fragilidades. No entanto, os Líderes que farão a verdadeira diferença no mundo, são os que, assumindo a partilha daquilo em que se sentem frágeis, assumem, ao mesmo tempo, as forças incluídas nessas mesmas fragilidades.

Teresa Marta

Mestre em Relação de Ajuda – Psicoterapia Existencial, Licenciada em Ciências da Comunicação, Pós-Graduada em Marketing de Serviços, Executive Coach, Gestora, Formadora, Autora, Consultora e Fundadora da Academia da Coragem. Formadora no CECOA.